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Guia Turístico do Município

PRÉDIOS HISTÓRICOS

Casa da Cultura

Casa da Cultura

Construído no final do século passado, o sobrado de dois pavimentos funcionou por mais de meio século como o ponto comercial mais importante do sertão central. Atualmente abriga a Casa da Cultura de Salgueiro. A fachada principal apresenta três portas ao nível térreo, quatro janelas e uma porta avarandada na parte superior. Todos os vãos abertos são em vergas retas. Sua cobertura em duas águas é protegida por platibanda recortada e com adornos.

Localização: Rua Major Raimundo de Sá, 95, Bairro Santo Antônio.


Casario da Praça da Matriz

Casario da Praça da Matriz

A praça da matriz tem sua ambiência marcada, além da Igreja de Santo Antônio, por um casario térreo e geminado. Embora a predominância seja de construções mais recentes, alguns elementos apresentam características construtivas do final do século passado e início deste século. O prédio de nº 14, antiga prefeitura e atual Câmara de Vereadores, é o elemento de maior destaque. Construção de pavimento único sobre a calçada alta, seus vãos abertos em arcos abatidos com cercadura em massa. A cobertura em duas águas é protegida por platibanda recortada e com adornos. A casa de nº 24, embora de menores proporções, apresenta características gerais semelhantes ao prédio de nº 14, com o qual é germinada. A casa de nº 209 é um sobrado de dois pavimentos, com vãos abertos em arco abatido, cobertura em duas águas com platibanda reta e singelos adornos. As edificações encontram-se bem conservadas e limpas.

Localização - Praça da Matriz.


Chalé Villa Maria

Chalé Villa Maria

O chalé construído em 1919 mantém a mesma estrutura dos tempos em que recebia visitas ilustres. Entre outros, passaram pelo casarão Ademar de Barros, o bispo Avelar Brandão e Agamenon Magalhães. O seu antigo proprietário também recebia cartas e emissários de Virgulino Ferreira, o Lampião. Edificado em calçada alta, com recuo frontal e lateral, sua cobertura em duas águas é adornada por delicados lambrequins em madeira. É bom o seu estado de conservação e limpeza.

Localização - Praça Benjamin Soares, 415, Santo Antônio.


Câmara de Vereadores

Câmara de Vereadores
Memória Histórica e Cultural do Prédio da Câmara de Vereadores do Salgueiro.

O Prédio da Câmara Municipal de Vereadores do Salgueiro, situada à praça Professor Urbano Gomes de Sá, nº 14, compõe uma das peças do conjunto arquitetônico em torno da Matriz de Santo Antônio, hoje preservado pelo decreto municipal nº 06/2002 ementa: Tombamento de diversos imóveis da cidade como patrimônio histórico. Muitos exemplares foram destruídos.

Diante da impossibilidade de fontes documentais, tendo em vista que, o livro de Tombo, onde eram registrados os atos de ações da Vila de Santo Antônio do Salgueiro e depois da Municipalidade, foi extraviado durante um incêndio na sacristia da Igreja Matriz, no início do Século XX, ficando Salgueiro órfão de muitas informações sobre sua história e seu povo.

O prédio da Câmara de Vereadores foi construído no século XIX pelo primeiro vigário residente em Salgueiro, Pe. Antonio Joaquim Soares, natural de Mariana, Minas Gerais. Parte dele era completado com um sótão próprio para ser usado como residência. Morou aí, José de Brito Rosado e família, natural de Rio Branco (Arcoverde), vindo para Salgueiro trabalhar como escrevente na Intendência.

A Intendência, como era chamado o prédio, acompanhou o nosso percurso histórico. Pela lei Provincial nº 580 de 30 de Abril de 1864, viu Salgueiro se tornar município independente de Cabrobó e com a Proclamação da República, sediou a Prefeitura Municipal até o ano de 1972.

Abrigou em suas instalações o Instituto Católico do Salgueiro, de cuja memória recordamos os professores: Alberto Soares dos Santos, Orlando da Cunha Parahym, João Siqueira, Pe. Dionísio Van Lil, Cipriano Menezes, Irmã Maria do Carmo Sampaio, Edite Gomes e Maria Soares Araújo, ( professoras de datilografia). Foi a sede do Clube Literário Joaquim Nabuco, do Serviço de Rádio Difusora Cultural, do IBGE. Aqui também funcionou o Salão do Júri, Cartório do 2º Ofício, o posto do MEC (venda de material escolar), a Biblioteca Pública Municipal Francisco Augusto, o posto do MOBRAL, além de espaço para debates culturais e políticos. Também em dias especiais do calendário festivo do município, abria o seu salão central para bailes dos séculos XIX e XX.

O prédio da Câmara Municipal de Vereadores do Salgueiro foi doado ao Poder Legislativo pela lei nº 855/84 na gestão do Prefeito Paulo Afonso Valença Sampaio. A reforma, conservando o seu formato, ficou sob a responsabilidade da Construtora Phoenix Ltda, do Engenheiro Rômulo Rosa Soares.

A pintura clara realçada pelos detalhes e janelas verdes, valorizam a sua Arquitetura Colonial no pátio onde nasceu, em respeito ao seu patrimônio histórico e cultural como símbolo de resistência e protesto aos que já foram destruídos.

Quando entramos aqui viajamos no tempo. É como se estivéssemos revendo cenas. As pessoas, em seu tempo, ouvindo os discursos de oradores brilhantes, de advogados que passaram por aqui entre os quais enfocamos as figuras dos Srs. Edson Filgueira, Isnard Soares Bezerra e Antonio de Sá Araújo que não sendo formados em Direito defenderam com orgulho e obstinação os menos favorecidos, (neste período não havia ainda a Defensoria Pública).

Em dias de festa, os bailes ao som da orquestra formada pelos músicos: Isnard Soares, Mestre Pedro, Joaquim Bandolim, Vicente Dedé, Antonio Dedé, Antonio Vieira de Barros, João Pires, Valdemiro Marrequinha, José Correia, Rui Siqueira, Moacir, Aderbal Conserva (pai), Ernani Freire, José de Osmundo, Manoelzinho, Idalino, Antonio Bozinha, Miguelão, Nelson Mota, José Carneiro, Vital Barros, Valdery, Orácio, Potassa, Neguinho de Júlia... asseguravam o brilhantismo e sucesso do evento.

O IBGE ficava ali à esquerda da porta principal. Em seu quadro de funcionários contava com Edésio Leandro Andrade de Oliveira (Salgueiro/Exu), Antonio de Sá Araújo (Salgueiro) e Francisco Rolim de Albuquerque (Petrolina), exemplos de dedicação e fidelidade à Salgueiro.

O prédio, pela sua diversidade de funcionamento, era o mais freqüentado pela sociedade salgueirense (adultos e crianças ).

Momento ímpar de sua história, foi o debate entre Frei Damião e o Pastor Marcionílio mediado pelo Doutor Orlando da Cunha Parahym (médico), uma verdadeira aula de cultura religiosa.

Aqui, em frente a sua varanda, iniciavam-se os desfiles de 7 de Setembro, com o Hasteamento do Pavilhão Nacional. Os escolares impecavelmente fardados, entoavam o Hino Nacional, ouviam os discursos das autoridades e declamavam poesias. Daí partiam garbosamente pelas principais ruas da cidade.

Na porta lateral na rua Sete de Setembro ficava a entrada da Prefeitura, acesso ao setor de trabalho e lá atrás o Gabinete do Prefeito, cuja mesa e cadeiras de madeira escura e couro bordado tinham sua beleza realçada pelo claro que entrava pela janela lateral.

"As Câmaras de Vereadores em todo o Brasil eram denominadas: Senado da Câmara, Câmara Municipal ou Conselho Municipal. Eram constituídas de 04 vereadores, 12 Juízes ordinários, eleitos de forma direta pelos chamados "Homens Bons" (Vereadores), 01 Procurador, 01 Escrivão (Letrado). Ao intendente competia, conforme as ordenações do Reino, o governo do município e ao Juiz Presidente, o comando do termo judiciário". As duas funções Intendente e Juiz podiam ser legalmente exercidas pela mesma pessoa. Foi o caso do Major Raimundo de Sá Araújo, portanto primeiro intendente (correspondente a função de Prefeito) e primeiro Presidente da Câmara Municipal.

A primeira Câmara Municipal de Vereadores do Salgueiro (1864), foi composta pelos Edis: Raimundo de Sá Araújo (Presidente), José da Mota Silva, Joaquim Alves Gondim, José Matias Dantas e Joaquim Manoel Sampaio.

Localização - Praça da Matriz.


Referências Consultadas:

- Governo do Estado de Pernambuco, Série Monografias Municipais - FIDEPE - FIAN -(1982);
- Arquivo do IBGE;
- Portal Salgueiro - www.portalsalgueiro.com.br;
- Cleuza Pereira do Nascimento;
- Isnard Soares Bezerra;
- José Alves Paixão (Zé Paixão);
- Marcus Angelim;
- Maria das Graças de Lima Costa;
- Nair Freire da Silva.
Trabalho de Pesquisa:
- Maria Vilani (Lila).
Trabalho de Digitação:
- Neto Régis.

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